quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Outro Lado

Dê sua vida pelo seu filho! Ainda sim, você será julgada!
Escolher entre Claudia Leitte e Ivete, ficaria com a segunda opção, pelo ‘conjunto da obra’. Mas, Claudia, está sendo 'julgada' como Mãe! De ser mãe, eu entendo!

Antes de adentrar na idéia argumentada pela colunista do jornal O TEMPO, http://www.otempo.com.br/otempo/colunas, fucei o blog de Claudia Leitte, http://claudialeitte.uol.com.br, para dá uma espiada. Tem uma fotografia de uma ultrasom do filho Davi, e um post em agradecimento ao Fantástico e ao Zeca Camargo.

Como MÃE, eu não a julgo em hipótese alguma, por ela ter ido trabalhar e deixar o filho com um mês de vida. Pressão? Não sei! Mídia? Não me cabe! Fã dela? Não sou! Quantos dias duram o carnaval? Cinco? Ah, é em Salvador, né? Então, são sete? Talvez! Não sei!

Ao que parece, ser mãe é assumir um cargo. As pessoas sempre se veem no direito de nos advertir. Até querem nos ‘demitir’ da função materna. Se você se ‘mata’ de trabalhar, trabalha demais! Não pensa no filho. Se você não trabalha é apontada, porque deveria ser uma guerreira. Lutar por uma posição no mercado, ser moderna. Toda mulher consegue, por que não você? Ser mãe, hoje em dia é uma tarefa árdua. Você tem que dar conta do filho, prestar contas à sociedade que não mora sob o mesmo teto, mas determina que você precisa seguir o script: ser mãe é...

O pior é que você tem que se encaixar no quê fulano ou beltrano ACHA que você tem que fazer. Deixar um filho para trabalhar fora é querer um futuro melhor pra ele. Não importa se a mãe já é rica. As pessoas não sabem o que você passa, (em casa, no trabalho) o que você pensa quando decide se pára ou não pára de trabalhar para ficar (ou não) com o seu filho. O filho é seu, e SÓ você decide. Ah, e do pai que NÃO deve ser um mero assistente, muito menos para auxiliar, como disse à mocinha que escreve erradinho, lá no comentário. Deve ser participante ativo, com exceção de parir e amamentar! Isso é saudável para a criança e para o pai, e de quebra, dá uma folga para a mãe. - Que isso, gente, em que época estamos com essa coisa de pai-assistente? Dá até arrepios! Nem dá mais vontade de parir... Pra quê? Fazer quase tudo só? Contando apenas com a ajuda de um pai-auxilio? Parece até um daqueles programas do Governo.

Mês passado eu vi na TV, uma mãe na delegacia, respondendo por abandono de menor. A justificativa: precisava trabalhar e criava sozinha os filhos. Quem vai julgá-la? Você ou eu? Eu não a julgo por isso, embora não deixe meus filhos só no apartamento, por 5min que sejam, nem para ir deixar o lixo, no lixo, dentro do condomínio. Cada um sabe onde aperta a sua dor!
Como mãe, eu digo, que sempre nos cobramos muito. Achamos que damos menos do que poderíamos, embora muitas vezes deixemos a nossa vida de lado. Seja pessoal e profissional. Carregamos culpas por achar que poderíamos ter agido assim ou assado.

Creio que Claudia como mãe de primeira viagem, está como eu estive um dia (e ainda estou) deslumbradíssima por ter se tornado mãe. Guardadas proporções (porque ela é famosa), talvez eu tenha tomado alguma decisão torta, aos olhos dos que me julgam (e tenha sido apontada como uma mãe não tão zelosa, porque alguém quis assim). Porém, como MÃE, se erra tentando acertar, sempre. Porque filho é o nosso bem mais precioso. Mas não acredito que alguém use um filho em caráter de interesse financeiro ou por vaidade. Para cada regra, existe uma exceção, é bem verdade. Mas se todos dão palpite, vai o meu: eu não acredito nisso!
São apelos dramáticos e idéias românticas de ser mãe, essa teoria da colunista do jornal O TEMPO. Na prática, é bem diferente. Vá por mim, que sou mãe de dois pequenos preciosos. (Agora, correndo um sério risco de ser ‘demitida’ do meu cargo materno).
Ufa! 'Trabalhei' bem por hoje, e ainda defendi uma colega de 'trabalho!

PS. Li este post “O texto que citei é de Rosana Hermann”, datado de 15/4/2009, no blog de Claudia Leitte, após escrever o texto acima.

Um comentário:

Juliana disse...

Às vezes me pego pensando no porque de ainda não ser mãe. Tudo isso em que você se inspirou e que escreveu é o que acontece. E eu percebi também, que a cobrança não se dá em virtude dos anos físicos, mas dos anos de casamento, porque afinal, no meu caso, já são 9 anos. Como assim 9 anos sem um filho?!

Julgamento, cobranças (internas ou externas), momentos de indecisões... e lá volto eu a pensar no seu outro post... sobre viver leve, porque isso, hoje, é uma necessidade.

Bjos, Jú.