sexta-feira, 10 de abril de 2009

Celular ou Terremoto

Esta semana, meu celular parece ter ‘pulado’ da minha bolsa. Fui deixar os meus filhos na escola. Nem sempre (infelizmente) posso fazer isso. Mas quando tenho a possibilidade, vou!

E quando cheguei à escola, fui pegar o celular na minha bolsa... Não estava lá!
Quando cheguei em casa, liguei, só chamava. Depois, caiu na caixa postal.

A sensação, apesar de não ter havido violência – creio que tenha sido mesmo furto – é de impotência, impunidade. Você compra um bem material, e não sabe se vai usufruí-lo até ele perder a utilidade. A qualquer momento ele pode ser usurpado.

Agradeci a Deus por ter acontecido de maneira quem nem percebi; afinal, estava com os meus filhos, e também por não ter sido documentos, cartões de crédito, cartão de banco, etc. Levando em consideração o grau de violência absurda que vivemos, onde matam porque a vítima apenas pediu que o bandido devolvesse o crachá da empresa...

Mesmo sabendo que era apenas um celular... Que posso comprar um igualzinho, acordei mais cedo que o habitual... Com um mínimo de ressaca moral.

Abri a TV, e ví a notícia de uma catástrofe na Itália: o mais forte terremoto no país desde 1980. Às 3h30, Roma tremeu literalmente, na província de L’Aquila, em Abruzzo, 26 municípios foram atingidos. O terremoto devorou mais de 207 vidas, 100 pessoas estão em estado gravíssimo, e milhares de desabrigados... Uma lástima!

Então, curei-me de imediato da ressaca mínima moral, por terem levado meu celular!

Dias de paz para todos. Seja do Brasil, seja da Itália!

Um comentário:

Juliana disse...

Problemas são problemas, mas às vezes, os nossos problemas são tão pequenos, que eles deixam de ter importância.

Comigo, em vários momemtos da minha vida, aconteceu algo parecido. Não exatamente roubarem o celular, mas sutilezas que me apontam para uma realidade que não é a minha, e para a percepção que o que aconteceu comigo, é praticamente um nada.

Boa semana.
Juliana.