domingo, 22 de fevereiro de 2009

Máscaras

Máscaras do Carnaval de Veneza
Em Veneza, Itália, no século nove, as pessoas se cumprimentavam com o rosto coberto. Usavam máscaras, a fim de permanecer no anonimato.

Todos nós usamos máscaras!

Para esconder nossas angústias e medos. Às vezes, as dores físicas ou sentimentais - ou as usamos até mesmo com alguém com quem mantemos uma relação pessoal.

É simples: as máscaras nos propõem ser alguém que gostaríamos de ser, oportunamente, naquele momento. O que de fato nos seria apropriado. Usando máscaras, nos permitimos suprimir os nossos sentimentos face aquele que nos observa para não demonstrar que somos suscetíveis às fraquezas, angustias, dores, lágrimas... Muito embora, faça parte do contexto humano e social.

Portanto, torna-se um escudo, uma defesa. Por que abrir mão das falhas, dos pecados, se por assim dizer? Por que permitir à vulnerabilidade aos demais? Tornar-nos alvo de que somos frágeis, capazes de cair, de está no chão naquele momento - mesmo que tenhamos a certeza de que depois da tempestade, sempre vem a bonança.

Outro dia, me distraía na angustia dos meus problemas. Meu filho de 3 anos me olhou e disse: “mamãe, o que você tem?” Tal questionamento me deixou muito admirada! Como ele percebeu? Não tem idade para avaliar um rosto que se desmascara. Ao mesmo tempo, jamais passaria para ele a imagem do meu rosto desnudo, para não deixa-lo inseguro.
Mas ele percebeu... É por isso que usamos máscaras: para sentir por dentro e disfarçar por fora. Dizer aos outros que somos seres, apesar de humanos, inerentes a qualquer sentimento que nos tornem diminuídos diante de todos!
Um Carnaval de paz para todos!

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