quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Era uma estrela. Era você!

O que dizer diante de uma mãe entorpecida pela dor?
O que dizer a um pai paralisado sem conseguir aproximar-se, nem que seja para desesperar-se diante do inevitável?

O que dizer aos amigos, aos parentes, mergulhados em suas lágrimas de dor, de saudade, de angustia, de lamento profundo, e olhares agora tão perdidos, procurando por quem já não respira o mesmo ar?

O que ter dito... (Quando ainda entre nós, ainda que, encurralada pelo maldito temido e implacável câncer, respirava por aparelhos na UTI?)

Dizer, que eu não consegui dizer nada! Dizer que demorei ir lhe ver porque não tinha coragem suficiente para atestar seu otimismo diante de tamanho obstáculo!

Diante de tudo, dizer Sayonara, que hoje de madrugada, vi sim seu corpo inerte, frio, cheio de flores brancas ao seu redor. E dizer também que entre à tristeza e a profunda dor; a dor inconformada de tê-la perdido, minha querida, eu a vi brilhar no céu de verdade, em meio a tantas estrelas! A lua estava ao seu lado, e você reinava absoluta! Era uma estrela tão grande e tão brilhante, que só podia ser você. Claro que era você!

Dizer também que no Memorial de Fortaleza, você foi sepultada aos 21 anos, mas não lhe jogaram terra. Seu lugar 'foi reservado' no alto de um cemitério vertical, e habita duplamente acima de nós, em corpo e alma.

E por fim, dizer que se soubesse que seria tão breve... Teria prestado mais atenção ao seu sorriso!

Descanse em paz! Saudades eternas!

Dias azuis para você, Sayonara!

2 comentários:

Marcelo. disse...

Realmente uma grande perda pra todos que a conheciam...

Zeze Medeiros disse...

Deus do céu! Que catástrofe é essa que você descreveu? Mesmo as palavras bonitas não escondem a crueldade da vida.